Corpos foram levados para a Praça São Lucas, na zona norte do Rio de Janeiro; advogada relata sinais de execuções e violência extrema.
Por: Redação Rádio 8000
Data: 29 de outubro de 2025
A madrugada desta quarta-feira (29) foi marcada por uma cena de horror e desespero na comunidade da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Moradores levaram mais de 50 corpos até a Praça São Lucas, em protesto contra o que classificam como uma chacina resultante da operação policial mais letal da história do estado, realizada na terça-feira (28) entre os complexos do Alemão e da Penha.
De acordo com relatos colhidos no local, os corpos foram encontrados em uma área de mata entre as duas comunidades. A advogada Flávia Fróes, que acompanha o caso, afirmou que muitos dos mortos apresentavam marcas de tiros na nuca, facadas nas costas e ferimentos nas pernas, indicando possíveis execuções sumárias.
Imagens feitas por moradores mostram corpos enfileirados no chão, cobertos por panos coloridos, enquanto dezenas de pessoas choram, filmam e tentam identificar familiares. Carros estacionados, postes e casas humildes compõem o cenário de uma madrugada tomada pela dor e pela indignação.
Nas redes sociais, a operação já é apontada como um dos episódios mais sangrentos da segurança pública do Rio de Janeiro, reacendendo o debate sobre o uso excessivo da força policial e o impacto dessas ações nas favelas.
Até o momento, as autoridades estaduais não confirmaram oficialmente o número de mortos nem divulgaram informações detalhadas sobre a operação. O governo do estado e a Polícia Militar informaram apenas que a ação tinha como objetivo “neutralizar facções criminosas” e “garantir a segurança da população”.
Organizações de direitos humanos, no entanto, pedem investigação urgente e independente sobre as denúncias de execuções e desaparecimentos.
Enquanto isso, o luto e a revolta tomam conta da Penha. Moradores afirmam que pretendem realizar atos públicos e vigílias em memória das vítimas e para exigir justiça.
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