A cabeleireira Lays Mendes, que vive em Dublin há oito anos, relata episódio de racismo e diz que o preconceito contra estrangeiros tem aumentado na Irlanda.
Por Rádio 8000
Casos de racismo e xenofobia na Irlanda têm ganhado destaque nas redes sociais e despertado preocupação entre imigrantes que vivem no país. Um dos mais recentes envolve a brasileira Lays Mendes, cabeleireira residente em Dublin há cerca de oito anos, que denunciou ter sido vítima de um episódio de discriminação racial.
Segundo Lays, o caso aconteceu quando ela foi alvo de ofensas racistas em público, situação que a deixou abalada e indignada. “Foi humilhante. Eu nunca pensei que, depois de tantos anos aqui, ainda teria que ouvir esse tipo de coisa”, desabafou em um vídeo publicado nas redes sociais, que rapidamente ganhou repercussão.
A brasileira destacou que o clima de intolerância tem crescido, especialmente em relação a imigrantes de países africanos e latino-americanos. “Muitos preferem ficar em silêncio por medo, mas isso só fortalece os agressores. Precisamos denunciar”, afirmou.
Organizações de apoio a imigrantes na Irlanda confirmam que as denúncias de racismo aumentaram nos últimos meses. O Irish Network Against Racism (INAR), uma das principais instituições de monitoramento, já alertou para o crescimento de discursos de ódio e ataques xenófobos, tanto nas ruas quanto nas redes sociais.
A Embaixada do Brasil em Dublin também se manifestou, lembrando que casos de discriminação devem ser reportados às autoridades locais e que há canais de apoio jurídico e psicológico para vítimas.
Nos últimos anos, a Irlanda tem enfrentado tensões sociais ligadas à crise migratória e à presença crescente de estrangeiros. Apesar de o país ser conhecido por sua hospitalidade, ativistas alertam que discursos nacionalistas e racistas vêm ganhando espaço, especialmente nas redes sociais e em protestos de extrema direita.
Lays Mendes afirma que não pretende se calar.
“Quero que as pessoas entendam que racismo é crime em qualquer lugar do mundo. Não é porque vivemos fora que devemos aceitar caladas as ofensas.”
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