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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Militares assumem o poder e suspendem a Constituição na Guiné-Bissau


 

Bissau, 26 de novembro de 2025 — A Guiné-Bissau vive hoje um dos momentos mais tensos da sua história recente após militares anunciarem, na manhã desta quarta-feira, que assumiram o controlo total do país, suspendendo a Constituição e destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló.


A declaração foi feita na sede do Estado-Maior General das Forças Armadas, onde oficiais superiores informaram que formaram um órgão de transição denominado Alto Comando Militar para a Restauração da Ordem. Segundo o comunicado, o Presidente e outros altos responsáveis da segurança nacional foram detidos para “garantir a estabilidade e evitar o agravamento do conflito político”.


Eleições contestadas desencadearam crise


O golpe ocorre apenas três dias após as eleições gerais de 23 de novembro, marcadas por forte disputa política. Tanto o Presidente Embaló quanto o principal candidato da oposição reivindicaram vitória antes da divulgação oficial dos resultados, criando um ambiente de incerteza e tensão.


Os militares alegam que intervieram para impedir uma “crise de legitimidade” e afirmam que a medida é temporária. O processo eleitoral foi oficialmente suspenso, e todas as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas encontram-se fechadas.


Reações internas e impacto imediato


Fontes locais relatam que a capital, Bissau, vive um clima de apreensão, com um aumento expressivo da presença militar nas principais instituições públicas. Até ao momento, não há relatos de confrontos violentos, mas diversos setores da sociedade manifestam preocupação com possíveis restrições de liberdades civis.


Com a Constituição suspensa, o país entra numa fase de transição política sem previsão clara de retorno ao governo civil. Organizações da sociedade civil e líderes comunitários pedem calma e negociação para evitar uma escalada de instabilidade.


Consequências internacionais


A comunidade internacional acompanha com atenção o desdobramento da crise. Países da região e organizações como CEDEAO, União Africana e Nações Unidas devem emitir posicionamentos oficiais nas próximas horas. Analistas alertam que o país poderá enfrentar isolamento diplomático e sanções, caso o golpe seja condenado formalmente.


Histórico de instabilidade


A Guiné-Bissau tem um histórico de golpes militares e tentativas de tomada de poder. O episódio de hoje reacende preocupações sobre a fragilidade das suas instituições democráticas e os desafios persistentes para a estabilidade política no país.

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