
Cantor descreve momentos de desgaste emocional, conflitos familiares e falta de reciprocidade como motivos da saída
O artista angolano Cleyton M abriu o coração e explicou, pela primeira vez de forma detalhada, os reais motivos que o levaram a sair da Power House, produtora liderada por Hochi Fu (Fly Skuad).
Em entrevista, o cantor revelou que a decisão não teve a ver com falta de profissionalismo, mas sim com relacionamento, ambiente emocional e, principalmente, o impacto que tudo teve sobre a sua mãe — figura central na sua carreira e vida pessoal.
Segundo Cleyton, tudo “caminhava bem” no início, mas pequenos sinais começaram a indicar que o clima se deteriorava.
“Na minha família fomos criados para cortar as coisas no começo.” — Cleyton M
Falta de reciprocidade e ambiente pesado
O cantor afirma que sempre houve profissionalismo, mas que alguns comportamentos o fizeram perceber que a relação estava a mudar.
“Quando sentimos que não há reciprocidade… é isso.”
Para ele, o que mais pesou foi a forma como certas atitudes afetaram quem sempre esteve ao seu lado:
“Se de chance você fizer algo que envolva ou afete minha mãe… então você está a arruinar tudo.”
Cleyton conta que tentou várias vezes dialogar com Fly para esclarecer situações que o deixaram desconfortável, mas não sentiu abertura.
“Se eu quiser falar com você, você tem que mostrar interesse em me ouvir.”
A figura da mãe: o pilar de tudo
Ao longo da conversa, o artista reforça repetidamente a importância da sua mãe — tanto na sua formação pessoal quanto no início da carreira.
Ele revela que a mãe sacrificou recursos e saúde para apoiar os seus sonhos:
“Minha mãe é a primeira pessoa que acreditou em mim. Eu arruinei a Santa Fé dela.”
“Ela comprou materiais de produção para mim depois de uma cirurgia… só para me ver feliz.”
Para Cleyton, qualquer conflito que envolvesse a mãe tornava impossível continuar na Power House.
O contrato de 3 anos e o auge no fim
O cantor lembra que assinou o contrato sem questionar, por ser um artista novo.
Fly teria investido em clipes, produção, conexões e estratégia — por isso o acordo era 50/50.
“Não há jeito de você ganhar mais do que ele quando ele é quem investe tudo.”
O sucesso chegou justamente no fim do contrato, e naquele momento Cleyton já não tinha condições emocionais de renová-lo.
“Eu não quis renovar. Tentei falar, tentei unir… mas a atmosfera não estava certa.”
Ferida emocional, falta de diálogo e fim da jornada
Para o artista, a saída foi inevitável:
“Eu era um grande fã dele… mas houve um lapso que afetou diretamente minha mãe.”
“Quando não vejo o desejo da outra parte de resolver a situação… então não está maduro o suficiente.”
Cleyton reconhece o papel de Fly como figura paternal na sua vida artística, mas reforça que a paz mental e o respeito familiar falavam mais alto.
“Meu pai artístico tem o poder de me levantar… e de me destruir.”
No fim, garante que não guarda mágoas:
“Problemas existem em qualquer família. Mas precisamos baixar o ego e lembrar que somos humanos.”
Conclusão
A saída de Cleyton M da Power House não foi motivada por contrato, dinheiro ou estratégia.
Foi uma decisão carregada de emoção, respeito familiar e necessidade de preservar a própria saúde mental.
O artista deixou claro:
“Se minha mãe não existisse, Clayton não existiria.”
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