Relatório oficial entregue a investidores internacionais destaca tensões sociais, inflação e desvalorização do kwanza como principais ameaças à estabilidade económica.
O Governo de Angola reconheceu, num documento recentemente entregue a potenciais investidores no âmbito da nova emissão de eurobonds, que o país enfrenta “tensões sociais, inflação e queda do kwanza” como os principais riscos à actividade económica e ao ambiente de investimento.
De acordo com o jornal Expansão, o relatório sublinha que medidas de reforma ou de austeridade necessárias à consolidação fiscal podem, eventualmente, gerar instabilidade política e social. Essa avaliação surge num contexto em que Angola procura regressar aos mercados internacionais de capitais, tentando captar financiamento externo para sustentar as suas necessidades orçamentais e de investimento.
O documento menciona ainda que o Governo está ciente das vulnerabilidades do país — nomeadamente o aumento do custo de vida, a pressão sobre a taxa de câmbio e a dependência do sector petrolífero —, factores que poderão limitar o ritmo de crescimento económico no curto prazo.
Apesar disso, o Executivo reafirma o compromisso com as reformas estruturais e a diversificação da economia, apontando o investimento em infra-estruturas, agricultura e energia como pilares para a retoma económica e redução da pobreza.
A advertência às partes interessadas reforça a necessidade de estabilidade política e de políticas macroeconómicas prudentes para atrair e reter investimento estrangeiro num momento em que o país procura consolidar a sua credibilidade nos mercados internacionais.
Fonte: Jornal Expansão – “Tensões sociais, inflação e queda do kwanza são principais riscos do país” (publicado a 22 de outubro de 2025).
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