sobretudo a si mesmo
Depois do regresso aos lançamentos em 2025 com “Ilusão”, o autor de
Caixa Azul estreia um novo tema — uma canção em que o certo soa a
errado.
Da “Ilusão” ao compromisso, a promessa de Soarito vai-se cumprindo por ela
própria à medida que o cantor e compositor de Luanda dá novas cartas. Em
2025 já vão dois trunfos lançados para cima da mesa, com o segundo a chegar
à boleia do cacimbo angolano e com a força do calor português — uma
“Simbiose” de contrários que se reflectem na proximidade que a sua música
pede enquanto a distância traduzida nos seus versos se faz sentir.
À simbiose naturalmente formada entre Soarito e Shalom Beatz opõe-se,
desta vez, novo casamento entre voz e produção: é DVNCI quem, aqui,
assume os contornos desta kizomba por natureza irresistível dos pés ao
coração. E porque desamores conformados não contam histórias, Soarito
canta as dores de quem sabe que o que tinha tudo para dar certo não deixa de
soar errado. Ganha Soarito, perde Dinis Soares. Sorte e azar de
mãos dadas neste contraditório jogo do amor.
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