Nos últimos dias, vídeos e publicações nas redes sociais, especialmente no TikTok e Facebook, afirmaram que uma suposta treinadora marinha chamada Jessica Radcliffe, de 23 anos, teria sido morta por uma orca durante uma apresentação num parque aquático. O suposto acidente teria ocorrido no fictício “Bluecrest Marine Park” ou “Sealland”.
A história, no entanto, é totalmente falsa.
Segundo verificações feitas por veículos como Snopes, Economic Times e New York Post, não existe qualquer registo de uma treinadora com esse nome, nem de um parque com essas características. O vídeo que ilustra a alegada tragédia foi produzido com imagens manipuladas por inteligência artificial, combinando cenas de arquivos antigos com descrições fictícias.
“Essa é uma narrativa fabricada. Não há fontes confiáveis, registos policiais ou obituários. É mais um exemplo de desinformação que mistura elementos reais com invenção pura”, explicou o portal de fact-checking Snopes.
Casos reais de ataques fatais por orcas
Embora a história de Jessica Radcliffe seja falsa, ataques fatais de orcas a treinadores já aconteceram no passado. Os casos mais conhecidos são:
Keltie Byrne (1991) — Canadá: puxada para a água por três orcas e impedida de subir à superfície.
Alexis Martínez (2009) — Espanha: atacado pela orca Keto durante um treino.
Dawn Brancheau (2010) — EUA: morta pela orca Tilikum no SeaWorld Orlando, fato que gerou mudanças drásticas nas apresentações.
Esse tipo de boato costuma se espalhar rapidamente porque desperta choque e curiosidade, explorando tragédias reais para criar narrativas fictícias. Especialistas alertam que a popularização das ferramentas de IA exige que o público verifique a origem da informação antes de compartilhar.
“É fundamental conferir a veracidade antes de repassar. Hoje, uma história pode parecer real em vídeo, mas ser completamente inventada”, reforça o jornalista e pesquisador de mídias digitais João Martins.
Conclusão:
A “morte de Jessica Radcliffe” não aconteceu. Trata-se de mais um caso de desinformação digital. Os ataques reais de orcas são raros, mas marcaram a história dos parques aquáticos e mudaram protocolos de segurança para sempre.
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