Washington, 14 de julho de 2025 – Numa escalada dramática nas tensões entre o Brasil e os Estados Unidos, o ex‑presidente americano Donald Trump anunciou uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros importados para os EUA, com entrada prevista para 1.º de agosto. A medida foi comunicada por Trump em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que o Brasil “não tem sido bom” para os interesses comerciais americanos.
Justificativas e motivações
Trump atribui a decisão a dois pontos principais:
Uma suposta “relação injusta” do Brasil com os EUA.
Medidas judiciais brasileiras relacionadas ao ex‑presidente Jair Bolsonaro, que Trump classifica como “perseguição” ou “caça às bruxas” – algo que, na sua visão, “ameaça a liberdade de expressão e comércio”.
Reações diplomáticas
Brasil
O advogado-geral Jorge Messias publicou um artigo no New York Times enfatizando a soberania do Judiciário brasileiro e negando qualquer interferência externa.
O governo federal promulgou a chamada “Lei da Reciprocidade Económica” para responder ao chamado “tarifação”, preparando medidas retaliatórias caso as tarifas entrem em vigor sem acordo.
O presidente Lula afirmou que o Brasil defende o multilateralismo e não aceita “intromissão de quem quer que seja” em assuntos internos.
China
A postura chinesa foi veemente. A porta‑voz Mao Ning afirmou que tarifas não devem ser usadas como ferramenta de coerção ou intimidação, observando que a imposição de 50% incide contra normas de soberania e igualdade entre nações.
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