Durante a entrevista, Kuthana criticou a falta de apoio estrutural ao setor musical, apontando a ausência de investimento privado como uma das maiores barreiras para o crescimento artístico no país. Para a empresária, os músicos angolanos carregam sozinhos o peso de representar a cultura nacional, muitas vezes sem recursos básicos para produzir, gravar ou promover as suas obras.
“Temos talentos que enchem palcos e corações, mas andam sozinhos, porque ninguém acredita neles enquanto negócio. Isso precisa mudar”, afirmou, dirigindo-se especialmente à classe empresarial angolana.
Kuthana também salientou que investir na música não é apenas apoiar artistas individualmente, mas contribuir para a preservação da identidade cultural angolana e para a geração de emprego e oportunidades nos setores criativos.
“A cultura não é um favor. É uma necessidade. A música forma, educa, emociona. Não há desenvolvimento sem cultura viva.”
O pronunciamento foi recebido com grande repercussão entre os ouvintes da Rádio 8000, muitos dos quais partilharam trechos do discurso nas redes sociais, elogiando a coragem e a visão da empresária.
Reações e Impacto
Horas após a transmissão, artistas locais e ativistas culturais expressaram apoio às declarações de Kuthana, destacando a importância de ter vozes influentes a defenderem o setor musical com propriedade e paixão. Muitos esperam que esse “grito de alerta” leve empresários a enxergar a arte como parte essencial do desenvolvimento sustentável do país.
Conclusão
O discurso de Kuthana na Rádio 8000 não foi apenas um apelo, mas um marco na luta por uma cultura angolana mais valorizada e apoiada. A sua mensagem ecoa como um chamado urgente à ação: é tempo de transformar talento em oportunidade e arte em motor de progresso nacional.
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