A recente polémica envolvendo a organização da peça teatral "Hotel Komarka Ala Feminina" tem gerado intensos debates. A Administração Municipal da Ingombota e a organização do evento, liderada por Sofia Buco, apresentaram posições divergentes sobre o caso, abordando questões de taxas, transparência e gestão de espaços públicos.
O posicionamento da Administração Municipal Em nota divulgada nesta segunda-feira, 28 de abril, a Administração Municipal da Ingombota esclareceu que a taxa de 100.223 ‘kwanzas’ cobrada para a realização do evento segue o Decreto Presidencial n.º 176/24. A administração destacou que a taxa foi aplicada considerando o caráter cultural do evento, com ingressos entre 5.000 Kzs e 10.000 Kzs e uma capacidade para 800 pessoas. A taxa foi paga via RUPE pela organização, atendendo à legislação vigente.
No entanto, a administração repudiou as críticas feitas nas redes sociais, afirmando que estas denigrem a imagem institucional de forma caluniosa. O comunicado reafirma o compromisso com a promoção de ações culturais e convida os cidadãos a utilizarem canais oficiais para eventuais dúvidas ou reclamações.
A resposta de Sofia Buco, Em contrapartida, Sofia Buco, responsável pela organização do evento, manifestou insatisfação com a postura da Administração das Ingombotas. Ela destacou cinco pontos principais:
Cobrança indevida: alegou que a administração não possui autoridade para cobrar pela ocupação da sala, questionando a transparência na gestão de espaços públicos.
Demora na resposta: A resposta à solicitação foi entregue apenas horas antes do evento, causando transtornos e insegurança na organização.
Alterações nos valores: inicialmente, foi solicitado um valor de 400.000 ‘kwanzas’, posteriormente reduzido para 100.223 ‘kwanzas’, gerando desconfiança e desconforto.
Suborno e chantagem: apontou tentativas de suborno por parte de agentes públicos, apresentando provas documentais para sustentar a acusação.
Taxa excessiva: A taxa de 100.000 ‘kwanzas’ por dia foi considerada desproporcional, especialmente para um evento de pequena escala.
Sofia Buco lamentou a desrespeito pela cultura e pelos profissionais envolvidos, afirmando que os problemas administrativos comprometeram o sucesso do evento. Ela espera que, no futuro, os processos sejam mais transparentes e que os profissionais da cultura possam atuar num ambiente de respeito e colaboração.
Repercussão e esperança de solução O caso levanta questões importantes sobre o acesso à cultura e a gestão de espaços e taxas para eventos culturais. Espera-se que as partes envolvidas possam dialogar e encontrar soluções que fortaleçam a cultura e respeitem os direitos de todos os envolvidos.
Afinal, como garantir que situações como essa não se repitam, promovendo justiça e transparência no acesso à cultura?
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