Processos-crime contra alguns líderes políticos pode minar confiança no diálogo e prolongar crise pós-eleitoral l Quase um mês depois do início dos protestos devido a denúncias de fraude eleitoral que levou o povo às ruas exigindo justiça eleitoral e melhoria das condições de vida, Moçambique está mergulhado num caos sem paralelo na história recente. A crise pós-eleitoral que começou em 21 de Outubro ainda não tem um fim à vista, apesar dos infinitos apelos para o diálogo.
Fonte : CDD Moçambique
Ontem, terça-feira, 19 de Novembro, numa comunicação ao país, o Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, mostrou disponibilidade para dialogar com os quatro candidatos presidenciais nas eleições de 9 de Outubro, nomeadamente: Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM); Daniel Chapo, da Frelimo; Venâncio Mondlane, do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique, e Ossufo Momade, da Renamo. Entretanto, a abertura do PR para o diálogo está a levantar algumas dúvidas sobre as suas reais intenções. É que, um dia antes da comunicação de Nyusi, o Ministério Público (MP) acusou dois líderes políticos, incluindo Venâncio Mondlane, da prática dos crimes de conspiração para prática de crime contra a segurança do Estado e alteração violenta do Estado. Filipe Nyusi, que é, também, presidente do partido Frelimo, beneficiário da fraude, enquanto PR, tem poderes absolutos, o que lhe permite controlar o Estado e as instituições, incluindo o MP.
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